A minha experiência na publicidade é micro - literalmente - pois foi adquirida na microempresa da minha família onde trabalhei durante muitos anos. Como era, e ainda é, uma loja de confecção feminina*, restou-me a tarefa de ajudar no administrativo do negócio. Lá, tive a oportunidade de trabalhar nas diversas atividades que um escritório oferece. E no meio de tantas coisas que para mim são sem graça (e acho louco de pedra quem possa gostar) envolvendo: Cheques; contagem de dinheiro; balanço; estoque; finanças; contas a pagar e... Continuaria, mas vou parar por aqui, tenho pavor só de lembra.
É um exagero falar assim, eu sei, e é justamente por ser assim exagerado, precisava de um trabalho que atiça-se as idéias do exagerado.
Brinco com o passado do escritório, quando as minhas ferramentas eram clips e borrachinhas, mas foi graças a esse ambiente que tive um verdadeiro encontro às escuras com a ditacuja. Depois disso, tudo mudou, sai desse encontro com um - usando a terminologia da casa- saldo positivo. Possivelmente irei me casar com a bendita. E Não. Não é de nenhuma funcionária que estou falando.
Deixe-me esclarecer a história. No meio de um escritório entediante, notei algo de interessante (ironia do destino, essa passagem rimou sem querer, exatamente como minha vocação). Percebi que pelo menos um dos trabalhos naquele escritório me dava prazer. Esse trabalho, que não conseguia definir até então, acontecia nas horas em que passava imaginando e criando as peças publicitárias da loja, e eu nem sabia que elas se chamavam assim, ‘peças publicitárias’. Muito menos que naquele momento o escritório – guardado todas as proporções - se transformava em uma ‘house agency’, e que, por alguns instantes o meu colega ao lado - escolhendo as fontes e cores a serem utilizadas no nosso novo outdoor - era o diretor de arte, e eu - preocupado em como dizer tantas coisas com poucas palavras - era o redator.
* GARPY - http://www.garpy.com.br/
Obs: Não perderia a chance de um merchandise... Aliás, o texto todo foi premeditado com essa única intençao. Como nas novelas que só existem pela propaganda.
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