destinos prediletos


Acho que descobri algo em comum em todos os autores. Dizem que é o ego inflado, mas não, não é isso - embora concorde em gênero, cor, número e grau que a vaidade dessa raça não é a melhor da suas virtudes.

A minha descoberta é a respeito de um assunto bem menos esnobe. Muito pelo contrário, chegaria até ser nobre, se não fosse tão usual.

Bem, aviso aos navegantes que não é nenhuma descoberta da roda no universo literário. Digo apenas que gira em torno de um dos destinos prediletos dos que vivem a escrever. Dizem que é Paris, mas isso é outra história.

Tamanha é a indagação, que uma cabeça (ao menos dessa que lhes escreve) não seria capaz de chegar a uma explicação coerente, por isso, deixo a pergunta para vocês responderem.

Porque todos os escritores – dos imortais aos fracassados, e também daqueles que não se atrevem a se considerar autores, mas se atrevem a produzir textos - adoram debruçar-se sobre o já surrado assunto do ato de escrever, redigir, compor, chamem do que quiserem, mas me digam, porque essa obsessão?

Busque em sua memória - em sua memória instantânea, já que o gajo aqui está no olho do furacão desse tema -, a quantidade de textos que tiveram como matéria de reflexão a escrita.

Afirmo que depois de amores não correspondidos entre americanos e belas francesinhas, essa é a maior vedete dos escritores. Bem, agora me deixa pôr ponto final nessa história, porque acaba de me surgir uma brilhante idéia para um romance.

Quando desembarcou no aeroporto Charles de Gaulle, Pedro jamais poderia imaginar o que o destino lhe guardava...

5 comentários:

  1. Tenho percebido isso mesmo! E parece que cada vez mais surgem obras com essas características! Barton Fink, Adaptação, Budapeste, Mais Estranho que a Ficção, Jesus Kid... Exemplos não faltam!!A metalinguagem é o "rebolation" dos escritores e cineastas! hehehe

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  2. Ah, só vi depois, mas ficou muito bacana o novo logo do blog!

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  3. Caríssimo Pedro, andei vasculhando na net textos de qualidade, interessantes e atraentes à leitura. Esbarrei-me no Palavra de Redator, por cujas linhas me apaixonei.

    Neste último texto, um grande enigma levantado... Creio que, a despeito de a uns ser reservado o sucesso e maior evidência, brilhantismo emana também dos coadjuvantes. Isto fascina no universo da produção textual.

    Você ganhou um leitor. Esperei você em Da Prosa à Poesia. Grande abraço!

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  4. Quem diria, por uma resposta no twitter encontrei uma boa leitura...

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  5. Metalinguística... Adorooo! Você resumiu tudo, dos imortais aos fracassados (me enquadro plenamente). Falando nisso acho que a maioria das vezes que escrevo é sobre como e o que escrevo, talvez por isso poucas pessoas gostem. Abraços

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