"2008, Uma Odisséia Particular"


Lá vamos nós, outra vez, seguir viagem. Ou melhor, eu seguir viagem. Afinal, você é o leitor, o mero leitor, nada contra mas convenhamos, a verdadeira viagem fica por conta de quem escreve. Acompanhe o que estou tentando lhe dizer através desta pequena situação, e observe se não há um certo sentido:


Imagina “a gente” saindo de férias. Você esta radiante, essa felicidade toda dura o tempo de você descobrir que seu ticket travel garante apenas um reduzido espaço dentro do porta-malas da minha nave - não que você seja um mala, mas é a parte que lhe cabe nessa hostóriaA. não discuta comigo, apenas leia e cumpra seu papel. A jornada começa.


Eu lá da minha cabine de comando te falo das maravilhosas paisagens que cercam as rodovias do espaço sideral.

Agora eu te pergunto: Será que isso é realmente viajar?


Mais uma vez, nada contra os leitores, mas é a lei das coisas, não podemos fazer nada, seria ir contra a gravidade das letras, paciência.

Agora me deixe continuar o que comecei no inicio da primeira linha.


Como ia dizendo, lá vou eu seguir viagem a explorar os confins deste pequeno universo chamado mente, respirando e inspirando na eternidade conveniente a todo universo que se preze.


Essas "viagens" as quais me refiro são as postagens deixadas neste humilde blog que vós fala. Isso que você agora vê pelo monitor, é uma espécie de diário de bordo diferente dos outros diários de bordo, porém, de uma hora para outra...


- Houston, aqui quem fala é Pedro, nós temos um problema.


... as mensagens foram interrompidas por um fenômeno misterioso que mais tarde foi revelado: cruzávamos a sombra de um planeta, essa penumbra não permitia que as ondas de rádio com as minhas informações criptografadas chegassem a seu destino final.


Passado os maus entendidos, agora vamos adiante, longe da sombra, pronto para mais comentários e divagações insignificantes tão úteis para nossas vidas, e lá vai outra tal qual uma estrela cadente:


- Blog, tu és a janela da alma em tempos de Google. Digo mais, tu és - já que o texto tenta manter a temática das metáforas no campo da astronomia – um buraco negro originário da explosão de toda uma constelação de estrelas decadentes que viviam no meu peito. Tu sabes que o bendito buraco suga tudo que é matéria e energia que encontra pela frente. Inclusive idéias e ideais (seria matéria ou energia estes substantivos abstratos?) desse universo em desencanto chamado Pedro.


- E digo mais Blog. Meus pensamentos, disfarçados em textos para melhor identificação, são corpos celestes viajando por esse universão véio sem porteira.

São os filhos mais novos do buraco negro, rebeldes, fugiram de casa e agora parece vão até pôr em prática um plano de libertação das massas, uma coisa meio utópica, sabe?

Vagarão aos trancos e barrancos, melhor dizer, a nebulosas e chuva de meteoritos a procura do planeta Terra. O destino irá se cumprir, os corpos celestes irão riscar do mapa via lático a Terra. Poucos sobreviverão.


Agora tudo ficou claro para mim. Eles vão cumprir nada mais, nada menos, do que a profecia daquele velho barbudo que avistei na minha última visita a Nova Iorque. Lembro-me bem daquele dia, choveu tanto durante a manhã que pensei, “vou perder um dia de passeio na capital do universo preso dentro dessa porra de hotel”.


Mas à tarde, para alívio próprio e dos meus camaradas, o tempo mudou de figura, fui conhecer o principal ponto turístico do universo. Naquelas redondezas se encontrava um senhor barbudo, vestia uns trapos e tinha uma placa pendurada no pescoço. Em pé sobre um caixote anunciava aos quatro ventos o Armageddon.


Vou te dizer uma coisa, o Central Park é tão lindo que eu concordava de corpo e alma com as palavras apocalípticas do pregador. Eu só balançava a cabeça, admirado,. Veja só que lugarzinho alienante.


Portanto agora, mais do que nunca, podemos acreditar mesmo que o fim está próximo, as evidências estão aí, são os meus pensamentos, digo, os corpos celestes mascarados de textos se aproximando. Seu impacto será destruidor, é como se todas as bombas nucleares construídas até hoje pelo homem não explodissem de uma vez só.


Comparsas, sinto lhes dizer que a esta altura só nos resta pensar o quê fazer com nossas entediantes vidas até lá.

Comece eternizando-se deixando um recado aqui. Até mais.

Um comentário:

  1. Sugestão para o título: "2008, Uma Odisséia Particular"... Acho que bate bem com o clima do texto!

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